A Mpox, anteriormente conhecida como monkeypox, ou varíola do macaco, está com casos crescendo no Brasil e no mundo, criando um alerta para governos e população.
Com sintomas semelhantes aos da varíola, e uma forma de transmissão que se adapta rapidamente, essa doença se tornou uma preocupação crescente para a saúde pública.
Entenda melhor sobre Mpox e como se proteger!
O que é Mpox
A Mpox, anteriormente conhecida como monkeypox, é causada pelo vírus Mpox, pertencente ao gênero Orthopoxvirus.
Identificado pela primeira vez em macacos em 1958 e em 1970 em humanos, o vírus é responsável por uma doença que pode afetar tanto humanos quanto animais.
A Mpox é uma zoonose, o que significa que pode ser transmitida de animais para humanos, e vice-versa.
Os principais grupos de risco incluem pessoas com sistemas imunológicos comprometidos, crianças pequenas e indivíduos com histórico de contato com animais silvestres infectados.
A doença é endêmica em algumas áreas da África Central e Ocidental, mas tem se espalhado para outras partes do mundo, destacando a importância de monitorar e entender suas características.
Mpox no Brasil
No Brasil, a Mpox tem mostrado um crescimento alarmante.
Desde o início de 2024, o país registrou um aumento significativo no número de casos.
Esse aumento pode ser atribuído a fatores como a maior circulação do vírus e a melhoria na detecção e notificação de casos.
A situação em São Paulo é preocupante.
Segundo notícias, a cidade tem registrado um número crescente de casos, com surtos localizados em bairros específicos.
A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo tem intensificado as medidas de controle e vigilância, incluindo campanhas de conscientização e esforços para acelerar o processo de vacinação.
No Rio de Janeiro, houve relatos de uma subida semelhante no número de casos.
O estado tem enfrentado desafios na contenção da doença devido ao grande fluxo de pessoas e à diversidade de áreas urbanas e rurais.
As autoridades locais estão trabalhando para implementar medidas preventivas e garantir que os recursos médicos estejam disponíveis para lidar com a crescente demanda.
Além desses estados, outros locais como Minas Gerais e Espírito Santo também têm registrado casos esporádicos, o que indica a necessidade de uma abordagem coordenada para controlar a propagação da doença em todo o país.
Sintomas da Mpox
Os sintomas da Mpox geralmente começam com febre, calafrios, dores musculares e mal-estar geral.
Após o início desses sintomas, surgem linfadenopatias (inchaço dos gânglios linfáticos), que são características distintivas da doença.
A erupção cutânea, que pode começar no rosto e se espalhar para outras partes do corpo, evolui através de diferentes estágios: pápulas, vesículas e pústulas.
A evolução dos sintomas pode variar, mas geralmente o quadro clínico dura entre duas e quatro semanas.
Complicações podem ocorrer, especialmente em casos de imunossupressão ou condições de saúde preexistentes.
Em casos graves, a doença pode levar a infecções secundárias ou complicações pulmonares.
Formas de transmissão da Mpox
A Mpox pode ser transmitida de várias maneiras:
Contato direto com lesões na pele ou mucosas:
A principal forma de contágio é pelo contato direto com as lesões causadas pelo vírus, presentes na pele, mucosas ou em fluidos corporais de pessoas infectadas.
Contato com secreções respiratórias:
A doença pode ser transmitida por meio do contato prolongado com secreções respiratórias de uma pessoa infectada, especialmente em ambientes fechados, durante tosse, espirros ou fala.
Contato com superfícies e objetos contaminados:
Roupas, toalhas, roupas de cama e outros objetos que tenham sido utilizados por uma pessoa com lesões podem estar contaminados com o vírus, facilitando a transmissão.
Contato sexual:
Embora não seja considerada uma doença sexualmente transmissível (DST) tradicional, o contato íntimo durante relações sexuais, especialmente quando há contato com lesões, pode transmitir a Mpox.
Essas são as principais formas de transmissão da Mpox, e a prevenção inclui evitar o contato com pessoas infectadas, higienizar superfícies e objetos, além de usar equipamentos de proteção quando necessário.
Cuidados e tratamentos da Mpox
Embora não haja um tratamento específico para a Mpox, o manejo da doença é baseado em cuidados de suporte e tratamento sintomático.
Aqui está um resumo das principais abordagens:
Hidratação e alimentação:
Manter uma boa hidratação e uma alimentação equilibrada ajuda o corpo a combater a infecção. É importante consumir líquidos como água e chás e seguir uma dieta nutritiva;
Repouso:
O descanso adequado é importante para o fortalecimento do sistema imunológico;
Controle da febre:
Medicamentos como paracetamol podem ser usados para controlar a febre e aliviar o desconforto.
Higiene:
Mantenha as lesões limpas e secas para evitar infecções secundárias. Utilize sabonetes suaves e água morna;
Evite coçar:
Não mexa nas lesões para prevenir a disseminação do vírus e infecções adicionais;
Cobertura:
Use roupas limpas e, se necessário, cubra as lesões para reduzir o risco de transmissão.
Antivirais:
O tecovirimat é um antiviral recomendado para casos graves. Ele pode ajudar a reduzir a gravidade da doença e deve ser administrado sob supervisão médica;
Vacinação:
A vacina contra a varíola, como a JYNNEOS, pode ser eficaz na prevenção da Mpox e é recomendada para pessoas em risco elevado. Pode ser administrada antes ou logo após a exposição para diminuir a gravidade da doença.
Em casos graves, a hospitalização pode ser necessária para tratamento intensivo, incluindo administração de fluidos intravenosos e suporte respiratório.
É preciso procurar atendimento médico se houver sintomas severos, como
Mantenha-se informado sobre a Mpox consultando canais oficiais de saúde e siga rigorosamente as recomendações para prevenção e tratamento.
Adotar boas práticas de higiene e ficar atento às orientações das autoridades são passos importantes para proteger sua saúde e a de sua comunidade.
Não deixe de buscar informações atualizadas e confiáveis para enfrentar essa ameaça de forma eficaz.