A Calvície Androgenética é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, impactando não apenas a aparência física, mas também a autoestima e a qualidade de vida de quem a enfrenta.
Esta forma de queda de cabelo, predominantemente influenciada por fatores genéticos e hormonais, apresenta características distintas que a diferenciam de outros tipos de alopecia.
Apesar disso, muitos ainda não conhecem as causas, os sinais precoces e as opções de tratamento disponíveis.
Entenda melhor o que é a Calvície Androgenética, como identificá-la e as opções de tratamento disponíveis.
O que é calvície androgenética
A Calvície Androgenética, também conhecida como alopecia androgenética, é a forma mais comum de perda de cabelo, afetando tanto homens quanto mulheres.
Essa condição é predominantemente influenciada por fatores genéticos e hormonais, que juntos contribuem para a progressiva miniaturização dos folículos capilares.
Nos homens, essa condição geralmente se manifesta como um padrão de perda de cabelo que começa nas entradas e no topo da cabeça, eventualmente levando à calvície total em algumas áreas.
Nas mulheres, a calvície androgenética tende a causar um afinamento difuso do cabelo em todo o couro cabeludo, mas raramente leva à calvície completa.
Embora a calvície androgenética não tenha cura, existem tratamentos que podem ajudar a retardar a progressão da perda de cabelo, como medicamentos tópicos e orais, além de opções cirúrgicas como o transplante capilar.
Causas da calvície androgenética
A Calvície Androgenética é uma condição complexa que resulta da interação entre fatores genéticos e hormonais.
Esses fatores são fundamentais para a predisposição e o desenvolvimento progressivo da perda de cabelo.
Causa genética
A predisposição genética é um dos principais fatores que contribuem para a calvície androgenética.
Estudos indicam que a tendência à perda de cabelo é herdada, sendo influenciada por múltiplos genes, muitos dos quais ainda estão sendo estudados.
Essa herança genética pode vir de ambos os lados da família, paterno ou materno, aumentando a probabilidade de desenvolver a condição se houver um histórico familiar de calvície.
A herança genética determina a sensibilidade dos folículos capilares aos hormônios andrógenos, especialmente a dihidrotestosterona (DHT).
Pessoas geneticamente predispostas possuem folículos que são mais suscetíveis à ação da DHT, o que leva ao afinamento progressivo dos cabelos e, eventualmente, à calvície.
Causa hormonal:
Os andrógenos são hormônios que desempenham um papel importante na regulação do crescimento do cabelo.
Entre eles, a dihidrotestosterona (DHT) é o principal hormônio envolvido na Calvície Androgenética.
A DHT é um derivado da testosterona, convertido pela enzima 5-alfa-redutase.
Esse hormônio é essencial para o desenvolvimento de características masculinas durante a puberdade, mas em indivíduos predispostos à calvície, ele tem um efeito adverso nos folículos capilares.
Nos folículos sensíveis, a DHT se liga aos receptores e causa uma miniaturização progressiva.
Isso significa que os folículos produzem fios de cabelo cada vez mais finos e curtos a cada ciclo de crescimento.
Com o tempo, esses folículos podem parar de produzir cabelo por completo.
Esse processo é gradual e geralmente começa com um recuo da linha do cabelo em homens, enquanto nas mulheres, o afinamento é mais difuso e afeta principalmente o topo do couro cabeludo.
O equilíbrio hormonal, especialmente o nível de andrógenos e a sensibilidade dos folículos à DHT, é fundamental na determinação da severidade e progressão da Calvície Androgenética.
Por isso, tratamentos que visam bloquear a ação da DHT, como a Finasterida, são comumente utilizados para retardar ou minimizar a perda de cabelo associada a essa condição.
Sintomas e sinais iniciais da calvície androgenética
O diagnóstico precoce dos sintomas da Calvície Androgenética é o que ajuda em um tratamento mais eficaz.
Um dos primeiros sinais da Calvície Androgenética é o afinamento progressivo dos cabelos,este afinamento ocorre quando os folículos capilares começam a encolher, produzindo fios mais finos e menos pigmentados.
Esse processo é conhecido como miniaturização dos folículos, e à medida que continua, o cabelo se torna cada vez mais frágil e escasso.
Outro sintoma característico é o recuo da linha do cabelo.
Nos homens, isso geralmente se inicia nas têmporas, criando as chamadas “entradas”, e pode eventualmente levar à formação de uma linha de cabelo em forma de “M”.
Esse padrão de perda é tão típico que é um dos principais indicadores de Calvície Androgenética masculina.
Nas mulheres, o recuo da linha do cabelo é menos comum, mas elas podem notar um afinamento mais difuso, principalmente na parte superior e central do couro cabeludo.
Padrões específicos de perda de cabelo também são indicativos de Calvície Androgenética.
Nos homens, além do recuo da linha frontal, a perda de cabelo pode se concentrar no vértice (topo da cabeça), eventualmente deixando uma coroa de cabelo nas laterais e na parte de trás da cabeça.
Nas mulheres, a queda de cabelo tende a ser mais distribuída, mas ainda assim, o topo da cabeça é a área mais afetada.
Áreas comumente afetadas
A Calvície Androgenética se manifesta principalmente em áreas específicas do couro cabeludo.
Nos homens, as áreas mais comumente afetadas são:
- Linha frontal do cabelo: o recuo começa nas têmporas e pode se estender, formando um padrão em “M”.
- Vértice: o topo da cabeça, ou vértice, é outra área onde a perda de cabelo é notável. Essa região pode começar a perder densidade até que se conecte com o recuo frontal, resultando em calvície total ou parcial na parte superior da cabeça.
Nas mulheres, as áreas afetadas incluem:
- Topo e parte central do couro cabeludo: as mulheres geralmente experimentam um afinamento mais difuso na parte superior do couro cabeludo, sem a formação de entradas acentuadas como nos homens.
- Linha do cabelo: embora o recuo da linha frontal seja menos comum nas mulheres, algumas podem perceber um alargamento da parte central do cabelo ou um afinamento geral da linha do cabelo.
Tratamentos para a calvície androgenética
Medicamentos
Os tratamentos farmacológicos mais comuns para a Calvície Androgenética incluem o uso de Finasterida e Minoxidil.
Ambos têm demonstrado eficácia em retardar a progressão da perda de cabelo e em promover o crescimento de novos fios, especialmente em estágios iniciais da condição.
Finasterida: é um medicamento oral que atua inibindo a enzima 5-alfa-redutase, responsável pela conversão da testosterona em dihidrotestosterona (DHT), o hormônio que contribui para a miniaturização dos folículos capilares.
Ao reduzir os níveis de DHT, a Finasterida ajuda a estabilizar a perda de cabelo e, em alguns casos, promove o crescimento capilar.
No entanto, pode ter efeitos colaterais como disfunção sexual, o que deve ser discutido com um médico antes do início do tratamento.
Minoxidil: é um medicamento de uso tópico que estimula a circulação sanguínea no couro cabeludo, prolongando a fase de crescimento do cabelo e retardando a queda.
Ele é aplicado diretamente nas áreas afetadas e é particularmente eficaz em retardar a perda de cabelo no topo da cabeça.
Embora o Minoxidil seja geralmente seguro, alguns usuários podem experimentar irritação no couro cabeludo ou crescimento de pelos em outras áreas, como o rosto.
MMP (Microinfusão de Medicamentos na Pele)
A MMP é uma técnica inovadora que envolve a microinfusão de medicamentos diretamente na pele do couro cabeludo.
Utilizando um dispositivo semelhante a uma caneta com microagulhas, os medicamentos são entregues de forma precisa nas áreas afetadas pela calvície.
Esta técnica permite uma maior absorção dos medicamentos, como Minoxidil e vitaminas, diretamente nos folículos capilares, potencializando os efeitos do tratamento.
A MMP é menos invasiva do que outras técnicas cirúrgicas e pode ser combinada com outros tratamentos, como a Finasterida ou Minoxidil tópico, para resultados mais eficazes.
Além disso, o procedimento é relativamente rápido, com pouco tempo de recuperação, e pode ser repetido periodicamente para manutenção dos resultados.
Técnica FUE
O transplante capilar utilizando a técnica FUE (extração da unidade folicular) é um dos métodos mais avançados e eficazes para tratar a Calvície Androgenética, especialmente em casos onde outras intervenções não resultaram em melhorias significativas.
A técnica FUE envolve a extração individual de unidades foliculares da área doadora (geralmente a parte de trás ou as laterais da cabeça, onde o cabelo é mais denso) e sua implantação nas áreas afetadas pela calvície.
Cada unidade folicular contém de um a quatro fios de cabelo, que são cuidadosamente posicionados para garantir um crescimento natural e uniforme.
A técnica FUE é menos invasiva que os transplantes tradicionais, pois não envolve a remoção de uma faixa de couro cabeludo, resultando em cicatrizes mínimas e um tempo de recuperação mais rápido.
Além disso, os resultados são duradouros e podem restaurar a densidade capilar, melhorando a aparência e a autoestima do paciente.
Os resultados do transplante capilar com FUE começam a se tornar visíveis após alguns meses, com o crescimento contínuo dos novos fios ao longo de um ano.
A eficácia do procedimento depende da qualidade dos folículos transplantados e da habilidade do cirurgião, mas muitos pacientes relatam uma satisfação elevada com a densidade e o aspecto natural dos cabelos transplantados.
A Calvície Androgenética é uma condição que pode ter um impacto na autoestima e na qualidade de vida, mas com o diagnóstico precoce e o tratamento personalizado, é possível gerenciar e até reverter a perda de cabelo.
Identificar os sinais iniciais e compreender as causas subjacentes são passos importantes para tomar medidas eficazes.
É recomendável que, ao notar os primeiros sinais de perda de cabelo, você consulte um dermatologista especializado.
Somente um profissional pode fornecer uma avaliação detalhada, identificar o melhor curso de tratamento e monitorar os resultados ao longo do tempo.
Cuidar da saúde capilar é cuidar de você!